sábado, 17 de abril de 2010

Dias assim

Acordar cedo, organizar o resto da tralha do quarto e da casa-de-banho porque vêm aí os senhores que vão reconstruir o meu palácio do caos. Fingir que sou metódica e que sei mesmo o que quero. Esconder algumas coisas. Verificar se não há nenhum soutien espalhado na sala, ou algo do género. Não abrir a porta com o cabelo molhado para não me constipar. Ter tempo para tomar o pequeno-almoço e lavar os dentes antes da casa-de-banho ser atacada por tinta e pincéis. Só chegam às 8.30h!
...
Contrariando as más línguas, os senhores aparecem até antes da hora combinada. Eu também estou pronta antes da hora programada e posso partir, com tempo de sobra, para a aula de LGP.
A Professora não vem e juntam-se 2 turmas. Aprendemos como se dizem agumas profissões, fazemos revisões de tudo o que já temos na mente, pronto a saltar para as mãos.
Saio antes de terminar a aula - grande gesto, este! :)
Chego a casa e deparo-me com o trabalho quase feito. Os pintores são uma máquina. A minha casa-de-banho não tem as suas 2 grandes janelas que repousam no chão.
- Como sou anã e porca! - penso.
O branco do alto das janelas é mais escuro que a noite. Tenho a desculpa de ter vertigens e não conseguir subir até ao último degrau do escadote.
...
Sou uma porca.
Mas uma porca fina.
Nunca me habituei a estas tarefas. Nos palácios anteriores alguém fazia isso por mim. Sou porca, fina e mal habituada. Viciada no outro para manter a limpeza domiciliária.
Talvez agora me motive para deixar tudo num brinco.
Um dos senhores tem pena de mim e diz que vai lavar as janelas.
- Não, não, não é preciso...
Não, não, não resisto mais. Lave as janelas, se isso o faz feliz. Afinal, sou a nova versão do Gandhi, mas em rapariga. Só posso praticar o bem e ser misericordiosa!
Vou para o sofá vermelho e escrevo no blog asmático, sufocado pela minha preguiça promovida pelo facilitismo e superficialidade do facebook. O meu blog odeia-o! Tem uma inveja tal que se põe a fazer caretas quando abro primeiro o primeiro.
... mas ele sabe, lá no fundo, que estará sempre na primeira posição no meu coração!

domingo, 4 de abril de 2010

A influência dos raios solares na disposição emocional da Humanidade

Nestes dias de sol ténue sinto-me mais capaz de fazer mil coisas e de conquistar o mundo. Parece que o calor aquece o meu corpo e ilumina mesmo a alma.
Já tenho saudades do sol e de ficar muito tempo prostrada, a adorá-lo. Deixar-me ir, adormecer enlouquecida e febril, abandonar-me... depois despertar, ter uns momentos de racionalidade a pensar que os raios destroem o organismo e voltar aos sonhos quentes e à sensação de conforto que o abandono ao sol provoca.
Quero muito isto!
 
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