terça-feira, 26 de abril de 2011

Descobri!!!!

Já percebi porque é que não escrevo com regularidade e dedicação neste meu blog: é um blog banana.
Aprazível, mediano, com pouca pica, sem grandes tiradas espontâneas vindas do mais profundo e horrível ser visceral.
Tenho de ser mais primária. Tenho de ser canibal.

Os dias começam a ficar pequenos

Os dias parecem estar a mirrar, a encolher com a crise malvada. Não tenho tempo para nada!

Acordo com o despertador a gritar-me aos ouvidos. Salto da cama, corro para a banheira. Espera-me um duche emergente e revigorante, uma toalha já quente com o sol da noite. A casa-de-banho ri-se da minha energia matinal e confessa que os outros donos eram uns preguiças. TU não, tu és bestial! Fico tão contente que abro a janela e canto para o mundo "L' amour est un oiseau rebelle...". O céu sorri e aparecem borboletas que voam com a melodia. Mas continuo sem tempo e tenho de ir trabalhar. Tomo um pequeno-almoço hipocalórico enquanto sou vestida por passarinhos azuis: serás a mais bela no estaleiro, mas terás de sair ao toque da corneta às 18h, para não transformares a tua vida numa abóbora. Aceito, prometo e lá vou na minha carruagem corsa para trabalhar com o melhor do mundo. Salto em andamento pois os esquilos estacionam o bólide. Passo o dia a ser feliz na labuta até me despachar para o meu segundo ofício actual: amar perdidamente o teatro! Antes do ensaio pulo até ao palácio e delicio-me com uma sopa feita por coelhinhos da Páscoa. Ainda há uns em casa que cantam quá-quá como os patos. Que maravilha de vida sem vagar!

sábado, 9 de abril de 2011

Tentando

Depois de uma manhã bonita e bem aproveitada, vacilo perante as tarefas que quero fazer e a preguiça que invade em várias frentes. Aí, a vontade desvanece e fica mais fraquinha. Eu envio mensagens ao cérebro, mas este ignora-as e deixa o meu corpo ensonado sentado no sofá, a planar o rabo, deixando-me apática.
O sol tenta participar na tomada de decisão e entra de mansinho pela sala. Diz para vir para a rua - Vem para a rua, está quente, muito bom! Vá lá, rapariga, larga a preguiça e junta-te a mim.

- Já vou. Estou tentando, respondo ao sol em pensamento, sem verbalizar. Tenho sono como se não dormisse há 25 horas. Estou tentando! ...

sábado, 2 de abril de 2011

Tempos de crise

É com alguma vergonha que escrevo este post. Por ser tão preguiçosa e ter ficado mais de um mês sem dar um mimo ao blog. Injusta e pérfida, indiferente.
Tenho andado a mil, apaixonada por tudo. Com pouco tempo para me dedicar à escrevedura. A ler como uma doida, a trabalhar arduamente com prazer, a teatralizar, a viver com gosto. A fazer dieta. A faltar ao ginásio e a pagá-lo, coisa estúpida e impensável nestes tempos de crise. A desenvolver um plano de recuperação financeira optimizando as futuras idas às máquinas do exercício e à piscina. Vou hoje, já decidi. Vou regressar à boa forma com o olho na televisão a ver imagens que geralmente não tenho acesso porque sou teimosa e não quero tv e depois, ainda há a crise. Se não for ao ginásio 2/3 vezes por semana não compensa. E a crise... e o telhado da minha casa que tem de ser pago mas ainda há chuva no último andar, logo agora que faz sol. E a Ordem dos Psicólogos que tem a loja em baixo e não me deixa cumprir a minha obrigação primordial de sócia. Pagar quotas em tempos de crise. E o IRS que vou fazer e não me apetece. Mas é melhor fazer para ganhar algum. Talvez dê para pagar o telhado. Ou um jantar. Embora eu talvez deixe de jantar. Por causa da crise e da dieta. Se vou dormir, para quê comer? O melhor será desfalecer de fome e confundir tudo com sono. Poupar aqui e ali. Porque a crise está aí e morde-nos as canelas e passa-nos a preocupação. Já ouvi dizer que não vamos ter subsídio de férias. Se não tenho, como é que vou pagar o telhado, a Ordem, como é que ponho a minha vida em ordem Tenho de ir viajar pelo mundo e gastar dinheiro. Investir na Humanidade, ficar sem um tostão. E agora arreliam-se com a crise. Como se não tivesse outros assuntos para me entreter.

Está meio sol e é cedo. Vou ao ginásio! É importante não vacilar. É fundamental não desistir. Eu quero vencer a crise. E a crise começa logo de manhã, quando os lençóis nos acariciam o corpo e seduzem para mais ZZZZZZZZZZZZZZZZZZ...
 
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