sábado, 9 de junho de 2012

Quando não há dinheiro para férias no estrangeiro...

Uma alternativa é, nas caixas rápidas dos supermercados, seleccionar a língua inglesa para ouvir as indicações da maquineta. É uma alegria nostálgica breve. Parece mesmo que estamos num País diferente, a comprar víveres para suportar um dia de espanto e revelações brilhantes.
... e depois fui para casa, tratar dos afazeres mundanos.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Um dia importante por nada

... Já não apareço aqui há tanto tempo para dar um ar da minha graça. Uma peça que me consumiu o tutano*. O trabalho bom que não pára. Novo projecto teatral-coral. Uma paixão a (re) nascer pelo acto de cantar.
Usar a voz para quê, se invisto no mundo do silêncio?
Dúvidas banais que se tornam existenciais ou vice-versa ou a minha voz-pensamento desconexa.
Hoje um dia sem agenda. Alguns pontos-tarefa fixados na memória. Depois das 2 e meia da tarde ainda estou de roupão, mas já com um banho cheio de sais e coisas bem-cheirosas tomado. Hummmmm. Um aroma simples a flores. Sentada agora no sofá a decidir o que fazer enquanto escrevo. A mais provável decisão é o "nada". O vazio sabe tão bem quando não temos tempo para esse passatempo. Correr e pular para cumprir as metas incauta e estupidamente definidas. Será que vou voltar a ter dias de zero pontos-tarefa? É preciso aproveitar o momento. O não momento, o que já passou e passou bem, caro senhor.
Está sol lá fora mas o palácio sabe melhor. Sinto gomas na boca, daquelas que picam. A claridade ainda me põe à prova e a rua chama: "vem cá baixo ver o pôr-do-sol ou o manter do sol até ser tempo de o pôr".
E eu quieta e calada. Imóvel em todo o corpo menos nas mãos e nos dedos que martelam o teclado do computador, com mais força no "p" porque anda com ganas de grevista e trabalha mais devagar.
Ai que prazer não ter nada para fazer!
Que maravilha de vida!

* A Ópera de Três Vinténs, pelo Teatroàparte com encenação da fantástica Sandra Faleiro.
 
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