domingo, 7 de março de 2010

Preciso de energia positiva para passar a ferro!

Como eu odeio as tarefas domésticas!!!
Tivesse eu outra profissão, dinheiro do bom e lá vinha a Marquília em pessoa. Mas não! Pobre, miserável, triste e amargurada, reflicto sobre a vida e a roupa que protesta e murmura:
- Passa-me com o ferro à bruta, põe-me toda quente, endireita-me a coluna, molha-me com água, borrifa-me toda! Entorta-me, bate-me, sacode-me! E depois guarda-me junto aos meus amigos do armário!
- Caluda! - grito à revolução vestuária - Ainda sou eu que decido o que faço!!! Sou a minha auto-dona!
Ao ouvirem isto, as roupas riram tanto que chegaram às lágrimas e eu não precisei de usar o borrifador para lhes tirar os vincos e as rugas.

Oh, infelicidade fútil, tormento atroz! Ter tanto material no guarda-vestidos que não é auto-suficiente e autónomo. Malditas coisas inanimadas!
Um dia destes deixo de usar roupa!... talvez quando vier o calor!

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