sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Há tantas coisas que ninguém sabe e outras tantas que tanto faz...

Ninguém sabe que o mundo vai acabar num dia de sol ou de chuva, tanto faz. Um dia vamos acordar pendurados no nada, com as pernas a baloiçar e inquietos, vamos olhar uns para os outros e pensar que mais tarde ou mais cedo, tanto faz, acaba-se o equilíbrio e voamos por aí, por terras de ninguém que ninguém conhece. Ou então caímos em queda livre porque tudo é o vazio e o vazio, às vezes, representa mesmo a liberdade. Tanto faz.

Li agora um livro de Verão, daqueles de aventuras religiosas com o Vaticano, o Papa, muitos padres armados, lutadores e ágeis, mortes violentas com ossos enterrados nos olhos, relíquias macabras, miudas inteligentes, mas sexy, à mistura. O divertimento imbecil que acompanha os banhos de mar-piscina. É o que se quer nas férias! Pouca coisa! Contudo, aprendi imenso. Passamos tanto tempo a reflectir sobre a origem do Universo e afinal a verdade está mesmo aqui tão perto. Agora sei que a vida não é senão um prato de sopa quente cuja única certeza é que se não se comer nos primeiros minutos em que sai da panela acabará por ficar morna, fria, insípida e, por fim, tornar-se-á um caldo estragado intragável.

Andei por Portugal a passear e regressei a Lisboa, encontrando-me já a trabalhar activamente e com afinco! Ninguém sabe que quase chorei quando acabei as férias por ter gostado tanto delas. Algumas poucas pessoas sabem que choro às vezes, muitas, poucas, tanto faz, quando penso nas pessoas que amo e sinto saudades antecipadas, pensando que um dia poderei ficar eu vazia e pobre com a sua ausência.

Ninguém sabe se existe ou não vida depois deste mundo. Se existir, tudo bem. Se não existir é uma grande merda. Acabar? Acabamos? E então isto serve para quê? Quero viver hoje e amanhã renascer melhor e continuar a aperfeiçoar-me até ser Ser divino e irrepreensível. Perfeito... ou então nascer macaca e feliz, viver na selva, apanhar sol e comer bananas. Deixar a perfeição para outra vida.

Tanto faz. Quando o dia nos surpreende com um sol catita, sorrisos, bons ares e boas ondas, olhamos para o céu e dizemos: a vida é mesmo canja de galinha!

domingo, 31 de julho de 2011

Férias, sol e família*




Olá, Blog!

Regresso de mini-férias (ou da primeira parte das férias) com um belo sorriso nos lábios e com a pele mais morena, apesar do protector 50 que neuroticamente espalhei no meu corpo de 2 em 2 horas, para evitar a morte precoce e decadente.



Estive 9 noites/dias na companhia dos meus pais, sobrinhos, irmãos e respectivos amores... bem, para ser mais correcta, passei a maior parte do tempo com os meus progenitores e com os primeiros sobrinhos. Quase sem irmãos e afins. Ou seja, tentei fazer o papel da tia simpática e querida, sem ser déspota (o que nem sempre resultou).

Entre muitos livros e o citado sol vigoroso, brinquei com as crianças às coisas que elas gostam - muito jogo de memória que apenas confirmou que já não tenho o mesmo airoso cérebro de outrora, com o F. (5 anos) a ganhar-me desmedidas vezes, jocoso. E o T. e a C. a acordarem com toda a pica, passando o o dia todo aos saltos na piscina e eu, pequena na agilidade, a rezar para não levar com uma bola na pinha. Até a L. fica a baloiçar heroicamente, sem medo da velocidade!!!

... Pergunto-me frustrada: para onde foi a vitalidade que vivia comigo??? Oh, God, é o flagelo da idade! Ou será a desabituação ao trabalho? Não fazer nada custa um bocadinho... mas adiante...


... não é um crime, mas compensa!

Momentos passados com leveza, tranquilidade e amor! Sou um anjo na Terra que aprecia os dias iguais, uma alma pacata e singela que gosta simplesmente de calor, ternura, livros e pouco mais. Felicidade fácil, para quê complicar?! (já dizia uma grande Ministra).

Beijinhos e boas férias para todos!!!


* Estas férias tiveram o alto patrocínio dos meus ascendentes directos por isso, agradecimentos especiais por estes dias maravilha à minha Mãe e ao meu Pai (ainda por cima ensinou-me, com paciência de Santo, sem me tentar bater uma única vez, a jogar bridge).

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Para o meu querido Blog

Meu querido Blog abandonado:

Escrevo com arrependimento. Há bastante tempo que não te alimento e mimo. Se fosses pessoa, dependendo da idade, ou estavas morto, ou ofendido. Desculpa o silêncio. Não quero assumir a fraqueza intelectual trivial dizendo que é mais fácil comunicar com uma frase, uma música ou um qualquer insípido "gosto" do que escrever um texto, mas o certo é que sou preguiçosa por natureza e dou por mim a pensar mil palavras e a expressar-me apenas numa afirmação tonta.

Já pensei em aniquilar o facebook e ficar só contigo... depois penso que posso ser como as mães de muitos filhos que não dividem o amor, mas multiplicam-no. E depois não penso mais nada e vou dormir, ou trabalhar, ou lá as coisas que eu faço.

Para que saibas, o mês de Maio foi passado no teatro. Entre ensaios, estreias, sessões, o meu mundinho mini ficou cheio de alegria que transbordou para Junho. Continuo feliz e vitaminada, apesar de anémica ;)

Estou neste momento com uma febre de arrumação e organização. Tudo começou quando pensei em esticar as divisões para ter o meu palácio impecável com toda a minha imensa e maravilhosa tralha. Como é fisicamente impossível (acho que tem a ver com alguma teimosia do Universo), decidi libertar-me de parte da carrada de coisas que possuo. Assim, esta loucura já dura há algum tempo. Consegui criar uma atmosfera mais livre na cozinha, na casa-de-banho, na arrecadação e agora é a vez do meu quarto e de toda a roupa... tarefa esta muito árdua. Pressupõe experimentar todas as peças e olhar para o espelho. Tenho três tipos de expressão para ditar o futuro dos trapos: 1 - sobrancelhas franzidas e boca semi-aberta de reprovação total com esgares de nojo, devido a não me servirem, serem horríveis ou qualquer coisa igualmente desastrosa; 2 - sorriso de esperança acompanhado de movimentos assertivos da cabeça e pensamentos de reciclagem ultra-criativa "vou cortar aqui e fazer aquilo acolá..." (que um dia chegarão a ser expressão do tipo 1, se der para o torto); 3 - serenidade global: afinal ainda não é amanhã que vou nua para a rua, por incapacidade vestimental...

A labuta continua pela tarde toda, noite, madrugada. Pausa para ir trabalhar durante o dia de amanhã. Retorno à tarefa até Sábado. Pausa só para ir à praia, se for. À noite, com toda a convicção não trabalho porque tenho uma bela festa de anos!

E mais?

... Escrever ocupa tempo, é necessária uma certa disponibilidade, uma organização também do pensamento. Por isso, primeiro arrumo a casa. Depois dedico-me à escrita... ou está a acontecer o contrário?

Meu querido Blog, voltarei quando estiver mais inspirada.

Um beijo e um abraço da tua

Ana Red Nose

terça-feira, 26 de abril de 2011

Descobri!!!!

Já percebi porque é que não escrevo com regularidade e dedicação neste meu blog: é um blog banana.
Aprazível, mediano, com pouca pica, sem grandes tiradas espontâneas vindas do mais profundo e horrível ser visceral.
Tenho de ser mais primária. Tenho de ser canibal.

Os dias começam a ficar pequenos

Os dias parecem estar a mirrar, a encolher com a crise malvada. Não tenho tempo para nada!

Acordo com o despertador a gritar-me aos ouvidos. Salto da cama, corro para a banheira. Espera-me um duche emergente e revigorante, uma toalha já quente com o sol da noite. A casa-de-banho ri-se da minha energia matinal e confessa que os outros donos eram uns preguiças. TU não, tu és bestial! Fico tão contente que abro a janela e canto para o mundo "L' amour est un oiseau rebelle...". O céu sorri e aparecem borboletas que voam com a melodia. Mas continuo sem tempo e tenho de ir trabalhar. Tomo um pequeno-almoço hipocalórico enquanto sou vestida por passarinhos azuis: serás a mais bela no estaleiro, mas terás de sair ao toque da corneta às 18h, para não transformares a tua vida numa abóbora. Aceito, prometo e lá vou na minha carruagem corsa para trabalhar com o melhor do mundo. Salto em andamento pois os esquilos estacionam o bólide. Passo o dia a ser feliz na labuta até me despachar para o meu segundo ofício actual: amar perdidamente o teatro! Antes do ensaio pulo até ao palácio e delicio-me com uma sopa feita por coelhinhos da Páscoa. Ainda há uns em casa que cantam quá-quá como os patos. Que maravilha de vida sem vagar!

sábado, 9 de abril de 2011

Tentando

Depois de uma manhã bonita e bem aproveitada, vacilo perante as tarefas que quero fazer e a preguiça que invade em várias frentes. Aí, a vontade desvanece e fica mais fraquinha. Eu envio mensagens ao cérebro, mas este ignora-as e deixa o meu corpo ensonado sentado no sofá, a planar o rabo, deixando-me apática.
O sol tenta participar na tomada de decisão e entra de mansinho pela sala. Diz para vir para a rua - Vem para a rua, está quente, muito bom! Vá lá, rapariga, larga a preguiça e junta-te a mim.

- Já vou. Estou tentando, respondo ao sol em pensamento, sem verbalizar. Tenho sono como se não dormisse há 25 horas. Estou tentando! ...

sábado, 2 de abril de 2011

Tempos de crise

É com alguma vergonha que escrevo este post. Por ser tão preguiçosa e ter ficado mais de um mês sem dar um mimo ao blog. Injusta e pérfida, indiferente.
Tenho andado a mil, apaixonada por tudo. Com pouco tempo para me dedicar à escrevedura. A ler como uma doida, a trabalhar arduamente com prazer, a teatralizar, a viver com gosto. A fazer dieta. A faltar ao ginásio e a pagá-lo, coisa estúpida e impensável nestes tempos de crise. A desenvolver um plano de recuperação financeira optimizando as futuras idas às máquinas do exercício e à piscina. Vou hoje, já decidi. Vou regressar à boa forma com o olho na televisão a ver imagens que geralmente não tenho acesso porque sou teimosa e não quero tv e depois, ainda há a crise. Se não for ao ginásio 2/3 vezes por semana não compensa. E a crise... e o telhado da minha casa que tem de ser pago mas ainda há chuva no último andar, logo agora que faz sol. E a Ordem dos Psicólogos que tem a loja em baixo e não me deixa cumprir a minha obrigação primordial de sócia. Pagar quotas em tempos de crise. E o IRS que vou fazer e não me apetece. Mas é melhor fazer para ganhar algum. Talvez dê para pagar o telhado. Ou um jantar. Embora eu talvez deixe de jantar. Por causa da crise e da dieta. Se vou dormir, para quê comer? O melhor será desfalecer de fome e confundir tudo com sono. Poupar aqui e ali. Porque a crise está aí e morde-nos as canelas e passa-nos a preocupação. Já ouvi dizer que não vamos ter subsídio de férias. Se não tenho, como é que vou pagar o telhado, a Ordem, como é que ponho a minha vida em ordem Tenho de ir viajar pelo mundo e gastar dinheiro. Investir na Humanidade, ficar sem um tostão. E agora arreliam-se com a crise. Como se não tivesse outros assuntos para me entreter.

Está meio sol e é cedo. Vou ao ginásio! É importante não vacilar. É fundamental não desistir. Eu quero vencer a crise. E a crise começa logo de manhã, quando os lençóis nos acariciam o corpo e seduzem para mais ZZZZZZZZZZZZZZZZZZ...

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Livros

Acho que parei de escrever para me dedicar à leitura. Este ano já tive óptimas surpresas! Estou numa fase frenética e ávida de palavras. Há muito tempo que não lia tanto e tão boas obras.
Ai que prazer ter um livro para ler... e ler, esses papéis pintados com tinta!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Escapadela

Ela era uma mulher na casa dos 30 com pretensões de vir a ser conhecida pela sua boa escrita, fluida, inteligente e ágil… mas não tinha argumentos e ideias congruentes que lhe permitissem iniciar, dar um corpo e terminar airosamente uma história. Mesmo com 10, 15 páginas como era a proposta. Ela era simplesmente preguiçosa ou árida de um pensamento continuado que lhe daria a oportunidade de finalizar algo que ainda não tinha começado?
Ela era parva e matutava sobre isso. Ela era um génio e sonhava com isso. Delirava e confabulava. Histórias de sucesso e discursos oscarianos. Tudo lhe chegaria um dia, queria acreditar, sem muito ligar.
Mantinha o seu trabalho de funcionária pública num estaleiro com crianças. Todos os dias de regresso a casa, planeava sentar-se no sofá com o computador no colo e principiar a sua conquista do Universo. Contudo, era o jantar, um livro que a cativava, os filhos para educar, a roupa para lavar, secar, passar, dobrar, guardar e voltar a vestir. Era um ciclo pernicioso que não a deixava escrever e ser maravilhosa.
Um dia fartou-se desta vida de patéticas aspirações e foi ao seu médico de família. Pediu com gentileza e, passados 2 meses de apoio psiquiátrico, foi-lhe concedida a solução.
A Medicina agradece sempre aos dadores de órgãos.
“O meu cérebro vai servir alguém mais produtivo”, pensou ela antes de adormecer anestesicamente…

sábado, 15 de janeiro de 2011

Post para a Anita!

Olá, olá! Aqui estou eu a escrever sem conteúdo para fazer chegar um sorriso a New York City, a cidade que nunca dorme! :)
Vou partilhar o meu mais recente e fresco pré-delírio (ainda não está concretizado)... é completamente doente e decadente: vou deixar os post-its e as notinhas para começar a fazer bases de dados!!!
E a primeira que surge na minha mente, capaz de me organizar para todas as manhãs da minha vida é...
...
Um ficheiro com todo o meu guarda roupa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Espero conseguir compilar os dados num formato simples... talvez excel. Depois passo para access e e vou criando consultas consoante o estado de espírito. A seguir vou testar durante 1 ano, para poder passar as 4 estações do ano, para avaliar o instrumento.
Se tudo correr bem, vou poupar uns 20 mn diários na escolha da fatiota, o que pode dar origem a uma poupança de 5 horas por mês (aos Domingos posso decidir sem informática!)... ao fim de um ano serão umas 60 horas. Se eu viver mais... deixa-me pensar... na minha família as pessoas duram imenso, por isso vou apontar para os 90 anos. Se tenho agora 37, ainda devo viver 53 anos...
Resultado previsto com esta ideia fabulosa: vou ganhar cerca 3180 horas de paz interior e tranquilidade estética vestuárica. Tudo com um simples ficheiro.
Mas... o ficheiro tem de ser actualizado: roupa nova, velha, que não serve porque vou ficar hiper-magra com mini-milks, ultrapassada, etc. Tem de ser tudo dinâmico e airoso!
Vou fazer novos cálculos. Quanto tempo é que vai demorar a criação da Base Mãe? Hmmm... vamos pôr umas 5 horas. Ou mais... talvez seja importante saber que roupa é que possuo. Se calhar tenho de contratar uma secretária para tirar tudo nos armários e guarda-vestidos. Pago-lhe em roupas. Alguém se oferece?

sábado, 8 de janeiro de 2011

Exercício de escrita - escrever sem conteúdo

Hoje acordei umas 4 vezes com o despertador a zumbir aos meus ouvidos. Calei-o rapidamente com um gesto. O último foi tão violento que não houve um 5.º alerta. Despertei então "naturalmente" quase às 10 horas, a pensar que estaria atrasada para alguma coisa. De facto, estava, mas deixei de me preocupar com isso e fui preparar o pequeno-almoço, enquanto reflectia sobre a pequenez da minha cozinha e palácio e no prazer que seria ter de me deslocar de divisão para divisão de patins, por ser tão enorme o meu habitáculo. Ainda acredito que um dia vou acordar e a minha casa cresceu imenso e eu tenho espaço para colocar lá mais do meu mundo sem me preocupar com o espaço para os livros que está a abarrotar ou que tenho de me enfiar debaixo da cama para inspeccionar alguma t-shirt favorita nos gavetões. Isso e outras coisas.
Felizmente estava a preparar cereais e não tinha o lume aceso. Estas divagações matinais desprovidas de cafeína e sem o tempo a martelar a impaciência levam a alhear-me da realidade.
Hoje acordei também com uma ferida por baixo do nariz, a imitar um bigode à Hitler. Creio que vai ser um "bocado péssimo" disfarçar, porque me dói de tanto me assoar. O problema é acrescido com o facto de ter de ficar gira hoje porque vou a um Baptizado de um bebé. O meu vestido não fica bem com bigodis hitlerianos. Vamos esperar que o halibut cumpra a sua missão. Ou então levo um nariz substituto para disfarçar!
... Mais de nada interessante para escrever, por isso, continuo. Ao longo da semana fui duas vezes para a cama antes das 22 horas da noite, o que me leva a ponderar se estarei doente ou apenas fatigada. Será que é o meu corpo a avisar-me que em Abril faço 38 anos e a frescura da juventude já é passado?
Acabo de tomar o pequeno-almoço e listo mentalmente afazeres (sem papel) na pinha. A SOPA! Ontem decidi fazer sopa e esqueci-me. Vai ser agora. Uma bela sopa hipocalórica vai ser criada neste mundo! Que coisa tão magnífica e mágica. Um sábio, o Lavoisier!!!
E a nota final da praxe, por ser o 1.º post do ano: Feliz 2011! Muita alegria, amor, gozo, tranquilidade e saúde! Genica e espírito sempre cool! Ié!
 
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