sábado, 4 de abril de 2009

Um dia parado no tempo

Hoje é dia de deitar fora coisas.
Acordei tarde sem remorsos.
Pensei que ia ficar deprimida no fim-de-semana pelo cansaço, pelo receio de voltar à fábrica em Julho, pela falta de paciência para adornar e actualizar o currículo, porque descobri que continuo a ter imenso medo de ousar no teatro, porque estou com saudades do meu amor, que foi para o campo apanhar sol e férias.
Mas não!
Acordei sem remorsos tarde.
O sol espreita agora pela casa toda. Está quente o palácio. São horas de lanchar e ainda não decidi almoçar. As decisões são hoje rápidas e básicas. Meto em sacos roupas e adornos que não uso há 2 anos. É tempo suficiente para perceber que já não os quero.
A sala tem agora uma parte ocupada por sacos que comentam para onde irão... estavam tão bem habituados ao sossego.
- Vão para outro sitio - disse eu - espalhar a felicidade junto dos pobres e dos necessitados.
- Porquê? - perguntam os sacos
- Porque há pessoas menos afortunadas do que eu, que precisam de vocês... mesmo... a sério!
- Vamos ser úteis? - pergunta o saco mais esperto
- Exacto! - respondi eu
- Que alegria! - disseram os sacos em uníssono - Como estamos felizes vamos cantar!
E assim foi! Eu a continuar a organizar as mudanças e os sacos a berrarem canções revolucionáras!
Que bela tarde! :)

Um comentário:

Virgílio Vieira Tebas disse...

cara amiga:
parabéns por este blogue e este poste em concreto - a sua escrita, deveras jocosa, muito me alegra...
compimentos virtuais,
v.

 
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