sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Uma semana tipo Limahl

Começou como muitas outras, trabalho e mais trabalho. Correr de um lado para o outro, preparar uma apresentação num encontro secante, reunião e jantar com miudos, descoberta de testes de Psicologia de 1950 e troca o passo. Raridades. Apresentação da apresentação no encontro secante. Perceber que o inferno é ouvir alguém a falar sobre euribor, irs, juros, spreads durante 40 mn... pelo menos sedou-me e falei sem qualquer ansiedade.
Dormi a pensar, nessa noite, na tarde que se seguiria. A tarde. A tarde antecedida pela reunião de manhã, de emergência, para discutir e reflectir sobre a necessidade da prevenção ali, ali e agora. Antes que tudo fique choné.
A tarde surgiu, uma das mais importantes da minha existência. Ou talvez seja exagero. Devia contextualizar e relativizar as minhas urgências. Quase uma hora a falar de mim, do que fiz, do que sou, do que quero. Eu consigo tudo o que desejo e quero, penso, quando a olho impecável, com um sorriso profissional. E se ela não gostar de mim? E se isto correr mal? Não tive tempo para antecipar porque já estava a acontecer. A entrevista. Bla bla. Bla bla. Fiquei farta de mim. Sou um génio absoluto mas não me apetece falar sobre isso. Terminou. Muitos telefonemas curiosos das minhas pessoas amigas. Parecia um acontecimento importante, este que ocorreu numa das tardes da minha vida.
Meti-me depois no carro, sem pensar e fui ter a um grande centro comercial. Fnac. Livros. Muitos. Escolhi dois. Volto para o carro. Onde está ele? Fugiu?
Procuro.
Procuro.
... procuro...
............................................................................................................
....................................procuro...................................
..............................................................................................................
.................................- 1 ...............................................................
......................... - 2 ................................................. eu tinha quase a certeza que era -1 ................................................................................................
..............-1 .................................................................. um segurança com um carrinho sem vidros, daqueles quase a pedais ............................... por favor, podia ajudar-me? perdi o meu carro...................................................................
......................... que carro? como é? a matrícula? .............................. anota tudo numa folha. Misericordioso, acrescenta........ venha comigo, vamos encontrar o carro da menina.............
A menina no carro. Às voltas no parque................
Umas 4 voltas ao -1: ESTÁ ALI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Encontrei-o! :)
O senhor diz-me para entrar e não me perder e eu digo ainda não paguei. E ele diz É ali em frente. Quer que eu vá com a menina? E eu digo Obrigada, meu senhor, já me ajudou imenso. É o Michael Landon do Colombo? O meu anjo termina com um conselho Vá sempre em frente. Mas não se desvie. Certo. Temos de respeitar os anjos na Terra.
E hoje tive formação. Não me sucedeu nada de especial. Fui tão mundana que comi no McDonald's. Coisas normais.
Estou em casa e gostava de ter mais tempo para ler, ver filmes sobre escola e ainda conseguir dormir muito até amanhã. Mas não consigo pensar muito. Vou ali comer um toblerone que está a chamar-me desde que cheguei a casa. Acho que ficou preso na prata e quer libertar-se. Vou ajudá-lo!
Depois disto vou continuar a minha semana. Never Ending Story, já dizia o senhor quase analfabeto...

Um comentário:

Miguel disse...

adorei o pormenor do Michael Landon :) é uma coisa geracional ;)

 
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