domingo, 17 de outubro de 2010

Domingo com tempo livre

O meu dia ficou agora parado. Está em stand-by até ir para o ensaio. Tenho sono, está sol lá fora, tenho frio se fico muito tempo em casa, fico cansada se saio à rua. Fico com vontade de ler, canso-me de ler e tenho sono. Podia preparar formação para a amanhã, mas já sonhei com ela e estava tudo ok na minha imaginação nocturna. Há revistas espalhadas no sofá, umas já abertas, outras seladas e tímidas. Livros na estante que murmuram e pedem para ser lidos. O sol a entrar pela sala, muito suave e educado, a aliciar-me para um abraço. Vem para a rua, diz-me ele, está calor, goza! Vem passear por baixo de mim, aqueço-te e não te canso, não vais ter frio comigo por perto. Fecho os olhos por uns instantes e adormeço profundamente. Estou na praia e estou quente, salgada, indolente, inconsequente. Tenho saudades do calor da praia, de estender-me na areia e adormecer sem frio, confortável. Vou desenhar, decido. Os lápis riem-se de prazer. Gostam do meu toque. O papel ajeita-se à espera de riscos. Não, afinal não quero. Não me apetece. Estou nos dias de ver televisão... mas eu não tenho televisão. O que é igual à televisão?, pergunto ao silêncio da minha casa. Não há nada como a televisão, oiço. Vai sair, estás a ficar chata, responde-me a parede mestra. As janelas dão uma gargalhada. Quem é que não tem tv nestes dias? É esquisita a nossa senhoria!

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