sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dia dos deveres

Hoje é dia de dever fazer... eu devia isto, eu devia aquilo, etc de deveres e mais alguma coisa. Contudo, carreguei no stop da consciência e responsabilidade e aqui estou eu, a gozar a pasmaceira do dolce fare niente, muito feliz pela inércia, pelas horas a passarem lentamente, a chuva a arrepiar ao de leve as janelas.
Eu aqui com o cérebro sem gigas, sem nada, a cabeça apenas disponível para colocar uma máscara capilar daqui a pouco, se me apetecer, para ficar com o cabelo mais brilhante, com cheirinho bom a chocolate, pronto a ser lambido e devorado (se comer o meu cabelo depois como também a pele e o resto? Quem fica no final do repasto? A boca, porque ri por último...)
Curto circuito cerebral. E eu aqui a tentar pensar e escrever, com as sinapses a meio gás, os axónios em greve, em casa, com medo de hipotéticas explosões de nata da nato.
O computador e o chá aquecem a alma e o corpo e eu fico cheia de calor. A arder de febre artifical. Sinto um ligeiro odor a queimado e percebo que estou a entrar em combustão espontânea. Vou até à rua e peço à nuvem do vizinho para me apagar as chamas e por fim, regresso ao normal de mim. Verifico que o palácio não ficou danificado e por isso está tudo ok.
Tenho imagens na mente sem descodificação por falta de actividade cerebral: banheira, chocolate, livro, sofá...
Adormeço sem compreender se isto é preguiça ou coma...

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