segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A escrita como substituta do aquecedor

Os meus dedos tremem de frio e as pontas começam a ficar roxas. Tenho de exercitar a mão e escrever, com força, genica, calor.
O cérebro também parou um bocadinho. Quero dizer, percebo que funciona porque estou a pensar, mas acontece tão lentamente que só posso ter queimado algum fusível. Ou então não tenho óleo, como o meu carro há pouco, a caminho do jantar, parado na avenida a protestar e a acender-se de vermelho...
A pessoa e o carro, uma relação completa: assunto para reflexão. O bólide que me recebe de manhã e me transporta para o trabalho, ficando o dia todo à minha espera sem precisar de água ou feno. Só de gasolina às vezes, embora me pareça que anda muito sôfrego ultimamente. Será uma crise que o atormenta? Qual é a ligação da idade de um veículo e do Homem? Como a proporção de 6 anos do cão ou gato e uma pessoa? Será que o carrinho vive a idade do armário da adolescência? Ou o drama das primeiras rugas da meia-idade? Espero que não seja uma loucura senil, ainda quero dar muitas voltas com este meu popó...
E com isto já tenho cor nas falangetas.
É giro escrever sobre nada! ;)

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